sexta-feira, 31 de julho de 2015

"Uma mentira mil vezes repetida não se torna verdadeira", por Florbela Carmo

O programa eleitoral da coligação, apresentado na passada quarta-feira, não é mais que o espelho de uma governação que andou de olhos fechados, sem querer ver o real estado em que país se encontra e que, insistentemente afirma que Portugal está melhor.

Um governo responsável pela maior crise social dos últimos 40 anos, que levou a que mais de 1/5 da população viva abaixo do limiar de pobreza e que empurrou para a emigração mais de 300 mil pessoas, na sua maioria jovens qualificados, vem agora, em forma de onomatopeia irónica, apresentar um programa que diz ser dedicado ao desenvolvimento social. Mas o programa mostra-nos mais do mesmo e páginas cheias de nada. Não se vê uma vontade genuína em tirar o país da miséria, para onde eles próprios o empurraram.

Querem verdadeiramente resolver esta crise social? Não brinquem com as palavras e discutam seriamente o assunto.

Podemos, por exemplo, começar por assegurar, de uma vez por todas e sem qualquer preconceito, um rendimento mínimo, que permita às pessoas viver com dignidade e reduzir as desigualdades. Mas isso só é possível se a riqueza gerada for distribuída com justiça, se forem criadas condições para um combate eficaz à evasão fiscal, de modo a que os impostos sejam justos e equilibrados, para que haja um equilíbrio na repartição dos sacrifícios, em todos os sectores da sociedade.

Não é por se repetir mil vezes que Portugal está melhor, que Portugal fica melhor.

Florbela Carmo
Candidata pelo LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR pelos Açores 

quarta-feira, 29 de julho de 2015

"SATA: de Bestial a Besta", por João Ricardo Vasconcelos

Durante muitos e muitos anos, quando se questionavam os elevados preços do transporte aéreo nos Açores, o Governo Regional referenciava a SATA como a prestadora de um serviço de qualidade. Uma companhia de bandeira que, devido ao serviço público prestado de ligar nove ilhas entre si e com o exterior, dificilmente conseguia praticar preços mais baixos. Aliás, a heterogeneidade das nossas ilhas, com rotas mais e menos lucrativas, determinava que o espaço aéreo não podia ser liberalizado, sob pena das ilhas com menor população serem fortemente prejudicadas. A SATA era, por isso, um instrumento essencial para promover a coesão territorial dos Açores 

Subitamente, de há dois ou três anos para cá, a narrativa começou visivelmente a mudar. Os enormes prejuízos da empresa começaram a vir a público, as dificuldades de investimento na empresa aumentaram de forma drástica e ficámos a saber que as regalias dos trabalhadores da empresa colocavam em causa a sustentabilidade da mesma. Todos estes problemas começaram a vir a público ao mesmo tempo que o cenário de liberalização de algumas rotas aéreas e da entrada no mercado das Low Costs era dado como quase certo. 

O Governo Regional que defendia há uns anos a SATA como uma companhia de referência, como prestadora de um serviço público indiscutível para a região, é o mesmo Governo Regional que hoje aponta os prejuízos e os problemas estruturais da empresa. É o mesmo Governo Regional que reclama a paternidade das low costs nos Açores. O que justificou esta pirueta? Estaremos perante uma espécie de amnésia selectiva por parte dos responsáveis regionais? 

Para lá das naturais euforias quanto ao crescimento do turismo na região (uma boa notícia, sem dúvida), é hoje consensual que a abertura do espaço aéreo nos Açores não acautelou a necessária adaptação da SATA para o referido embate. Aliás, a súbita mudança de discurso do Governo Regional, em forte parceria com o Governo da República em todo este processo, demonstra bem que não houve tempo para preparar o que quer que seja. Optou-se assim por sacrificar sem mais uma empresa regional com um percurso que se confunde com a própria história da autonomia açoriana. 

E mais do que desrespeitar uma empresa, este processo revelou sobretudo um tremendo desrespeito pelos profissionais da SATA. Os trabalhadores e os seus representantes foram vergonhosamente mantidos à margem do sucedido, sabendo das novidades através da comunicação social. Não é necessário ser-se lírico para afirmar a pés juntos que são os profissionais que fazem uma empresa. É o seu empenho, dedicação e competências que a tornam possível. Os trabalhadores são, sem dúvida, o seu principal ativo nomeadamente porque são eles também os maiores conhecedores das mais-valias e dos problemas das empresas. Deixar-lhes à margem de um processo de mudança é um acto de profunda incompetência.

João Ricardo Vasconcelos
Candidato do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR pelos Açores

terça-feira, 28 de julho de 2015

"Uma nova forma de fazer política", por Tiago Franco

As próximas eleições legislativas, marcadas para o dia 4 de outubro, são um momento histórico da nossa jovem democracia. Pela primeira vez um partido formado por “pessoas comuns” e vindas de todos os quadrantes sociais, apresenta-se a votos.

Pode parecer um detalhe, mas não é. O Livre - Tempo de Avançar representa uma espécie de grito do Ipiranga de uma população que se cansou de ver o futuro adiado. 

Sou eu, tu e os meus camaradas. Gente que trabalha e que dedica parte do seu tempo livre a tentar organizar este movimento, a sensibilizar quem os rodeia, a passar a mensagem de que é possível mudar algo.

Não é fácil a tarefa que nos espera. A nível nacional ou no nosso círculo, os Açores. Temos essa consciência.

Os partidos do arco do poder dão, diariamente, a ideia de que o resultado está feito. Procuram a abstenção e o desinteresse que, habitualmente, favorecem a alternância do bloco central.

É importante que todos percebamos isso. É urgente acordar e tomar as rédeas do nosso destino. Nós não podemos continuar a ser governados por pessoas cuja única actividade na vida é, foi e será, ser “boy”. Pode alguém sem experiência no mercado de trabalho, sem méritos firmados ou educação feita por favor, decidir e legislar a vida de milhões? Não devemos ser um pouco mais exigentes com quem nos representa? E não serviram estes 40 anos para percebermos o erro?

É por aqui que começa o trabalho do Livre. Explicar que gente comum, com vida e carreiras feitas, quer, pode e deve contribuir para renovar a classe política portuguesa.

Este é o meu primeiro texto na página do Livre – círculo dos Açores e, se pudesse fazer um pedido apenas a todos os açorianos que nos vão ler, diria: no dia 4 de outubro, não fiquem em casa.
Esse será o primeiro passo para mudarmos algo. 

Tiago Franco
Candidato do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR pelos Açores

domingo, 26 de julho de 2015

"O deserto verde", por José azevedo

O verde dos Açores encanta todos os que nos visitam. De qualquer um dos muitos miradouros espalhados pelas ilhas se podem contemplar as mantas quadriculadas das extensas pastagens, as grandes manchas de floresta de criptoméria, as moitas de hortênsias bordejando os campos e as estradas. O verde escuro do milho contrasta com o verde fresco do pasto e com o verde amarelado das áreas por onde as vacas já passaram.
Não espanta por isto que o Plano de Ordenamento Turístico da Região Autónoma dos Açores considere imperativa a consolidação da imagem da Região como destino de fruição da natureza, e que a expressão “Certificado pela natureza” seja invocada na recentemente criada Marca Açores.
Quando as ilhas foram descobertas, também eram extraordinariamente verdes. Gaspar Frutuoso descreve assim como a Ilha de São Miguel apareceu aos primeiros navegadores: “Estava esta ilha, logo quando se achou, muito cheia de alto, fresco e grosso arvoredo de cedros, louros, ginjas, sanguinho, faias, pau branco e outras sortes de árvores, e em alguns lugares estavam espaços de serra cobertos somente de cedros e outros de louros, outros de ginjas, outros de sanguinhos e alguns de teixos, outros de pau branco e outros de faias”.
Mas este era um verde diferente, de espécies nativas muitas delas endémicas. Apenas 16% da área dos Açores está hoje coberta por um verde que se aproxima do original. Embora protegido legalmente, o verde visto por Gonçalo Velho está hoje encurralado pelo verde-deserto das pastagens e florestas de produção e ameaçado pelo verde-carnívoro das espécies invasoras.
A política agrícola e florestal dos Açores tem que se desligar dos modelos de produção intensiva e da economia de exportação para que o verde original, o verde dos cedros, dos louros e dos sanguinhos possa de novo respirar. Essa é a natureza dos Açores, é essa que vale a pena pagar para ver.
 
José Azevedo
Candidato do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR pelos Açores 

sábado, 25 de julho de 2015

"Autonomia política e Independência financeira", por Pedro Alves

Muito se fala atualmente de autonomia e da questão da indesejável subordinação governamental a forças políticas externas (Lisboa e Europa). Parece um discurso sem fim, com muitas acusações e poucas conclusões. Imaginemos a seguinte situação: um grupo de crianças reúne-se para decidir sobre a liberdade de acatarem ou não as decisões dos seus pais. Decidam o que decidirem, no final, os donos do capital, que são os seus pais, terão sempre o poder de decisão. As crianças reúnem-se de novo e decidem: quando formos grandes e ganharmos o nosso dinheiro então mandaremos em nós! É uma lógica simples e aliás muito presente no nosso discurso diário: “eu não devo nada a ninguém” querendo com isto dizer que somos donos do nosso destino, pois quem deve por norma não é Livre. A ideia é que se discuta a independência financeira da região e caminhos para alcançá-la, pois isso sim trará verdadeira soberania e autonomia política. Enquanto vivermos das “mesadas” externas, é difícil realmente reivindicar.

Vasco Cordeiro anunciou recentemente que vão investir cerca de 90 milhões de euros até 2019 em energias renováveis. Muito bem senhor Presidente, no entanto, lanço-lhe um desafio. Vamos mais longe, é necessário ser ainda mais arrojado. Por que não construir um plano de sustentabilidade energética a 15 ou 20 anos de libertar completamente os Açores da dependência dos combustíveis fósseis? Quanto ganharia a região se fosse capaz de produzir toda a energia que consume? Isto mesmo sem falar das fortes consequências ambientais positivas que resultariam de uma produção energética renovável e ecológica. Mas vamos ainda mais longe. Com Universidade e parques tecnológicos (a caminho), temos meios para investigar e desenvolver tecnologia de energias limpas e renováveis. Mas vamos mais longe ainda, vamos investigar modos de por os nossos carros e barcos a consumirem um combustível limpo e renovável. Então nesse dia poderemos realmente sonhar com autonomia e aspirar a ser uma região Livre.  

Pedro Alves
Candidato do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR pelos Açores

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Apresentação da Lista de Candidatos pelos Açores


Manifesto Eleitoral - Candidatura Cidadã LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR pelos Açores


O LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR é uma candidatura aberta a todos os cidadãos que nela queiram participar. Apresentando-se no quadro legal de um partido, tudo neste movimento é e será decidido pelos cidadãos que o subscrevam, sem requerer militância partidária.

O LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR está a inovar a vida política portuguesa, devolvendo a palavra aos portugueses que se revêem nos princípios da liberdade, da esquerda, da ecologia e da defesa de uma Europa progressista e solidária.

Os subscritores do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR acreditam na democracia e levam-na muito a sério. Eleger um representante não é dar-lhe carta-branca para decidir como bem entender, é apoiar o seu programa, ter possibilidade de acompanhar o seu desenvolvimento, e ser consultado quando surgem novos desafios.

Apresentámo-nos às eleições primárias da candidatura cidadã LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR, abertas a todos os cidadãos, e fomos escolhidos como candidatos às próximas eleições Legislativas pelos Açores, num processo ímpar e inédito de abertura democrática e de seriedade na participação cidadã.

A nossa candidatura é motivada pela vontade de renovar a democracia e de sermos uma força criadora de diálogo, de sermos capazes de superar os nossos interesses pessoais em prol de um acordo maior que vá ao encontro do bem-estar colectivo. Pretendemos, com o nosso exemplo, despertar a consciência dos eleitores, para o poder cívico que todos temos, para a necessidade de renovar o modo de fazer política e para o poder das candidaturas cidadãs.

Não somos políticos profissionais, somos cidadãos activos e preocupados com o rumo do país. Entramos na vida política para fazer ouvir a voz de quem tem sido reiteradamente esquecido pelos nossos governantes e que são os que mais sofrem pelo desgoverno da nossa nação.

Não estamos aqui por acharmos que sabemos tudo, nem por termos já decisões tomadas sobre a melhor solução para todos os problemas. Acreditamos, isso sim, que a defesa dos nossos princípios num ambiente democrático, e por isso transparente, é a melhor garantia de se encontrarem soluções que vão ao encontro dos interesses da sociedade

A maioria dos açorianos não sabe quem são os deputados eleitos pelos Açores na Assembleia da República, e os que sabem, perdem o contacto com eles no momento em que estes vão para o Parlamento. Como podemos votar sem saber em quem? Como podemos confiar que eles representam os interesses de quem os elegeu e não os próprios interesses? Custa-nos observar o sistemático desinteresse pela política em Portugal e sobretudo nos Açores, onde as taxas de abstenção têm vindo a crescer, tendo atingido os 60% nas Legislativas de 2011. Daí termos sentido a responsabilidade de desenvolver um discurso e uma actuação coerente e responsável que permita aproximar e envolver os cidadãos na vida política. Somos cidadãos com nomes e meios de contacto que estarão sempre ao dispor dos eleitores.

A nossa candidatura assume as 10 grandes prioridades da Agenda Inadiável promovida pelo LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR e que queremos difundir no círculo eleitoral dos Açores: 1. Devolver a política aos cidadãos e garantir a salvaguarda dos direitos fundamentais. 2. Libertar o Estado da captura privada. 3. Renegociar a dívida pública para recuperar a economia. 4. Resgatar as pessoas e as empresas das cargas fiscais e das dívidas. 5. Acabar com a precariedade, dignificar o trabalho, proteger o emprego, garantir as pensões. 6. Cumprir a Constituição no sistema fiscal: “uma repartição justa dos rendimentos e da riqueza”. 7. Redistribuir para combater as desigualdades sociais. 8. Melhorar os serviços públicos criando emprego. 9. Apoiar o investimento e a criação de emprego nas micro, pequenas e médias empresas. 10. Apostar nos territórios e na economia local.

Em linha com a Agenda Inadiável, apresentada a nível nacional em Abril passado, destacamos 10 prioridades que sustentam a nossa agenda de desenvolvimento para os Açores:

1 - Desenvolver uma Economia Inteligente
Dotadas de especificidades várias, as nossas 9 ilhas merecem um modelo de desenvolvimento que impulsione as suas mais-valias, ao mesmo tempo que ultrapasse os desafios inerentes à insularidade. Importa desenvolver o mercado interno e apostar em sectores diferenciadores, que consigam gerar riqueza e concretizar o potencial económico dos Açores.

2 - Apostar numa Região Ecológica e Sustentável
Sendo a natureza e o respeito pelo meio ambiente uma das principais marcas Açorianas, importa transformar a região numa referência nacional e internacional nos domínios da ecologia e da sustentabilidade. Garantir a harmonia do investimento público e privado com o meio ambiente, apostar fortemente em energias alternativas e em conciliar o desenvolvimento humano com a conservação da biodiversidade são algumas das prioridades a assumir a este respeito.

3 - Garantir uma Agricultura Diversa e Biológica
Promover políticas públicas que impulsionem a diversidade de culturas agrícolas e florestais nas 9 ilhas, diminuindo os conhecidos riscos associados às monoculturas. Apostar fortemente no desenvolvimento de uma agricultura biológica, respeitadora do meio ambiente, que poderá rapidamente assumir-se como uma imagem de marca da Região.

4 - Desenvolver as múltiplas utilizações do Mar
Assumir a prioridade do transporte marítimo de passageiros e carga no reforço da unidade regional e na potenciação do mercado interno. Apoiar um turismo náutico ecológico e sustentável. Implementar plenamente o Código de Conduta para a Pesca Responsável, proposto pela FAO, e instituir de forma participada uma rede de áreas marinhas vedadas à pesca que cubra pelo menos 10% dos principais habitats. Recusar a exploração dos recursos vivos e minerais do mar profundo até estarem devidamente salvaguardados os valores ecológicos e os interesses regionais.

5 - Impulsionar o Turismo de Proximidade e de Qualidade 
Garantir que a grande aposta da Região no turismo é feita de forma planeada e sustentável, fomentando o desenvolvimento de serviços de qualidade, nomeadamente no âmbito do turismo de habitação e no espaço rural, e minimizando-se os impactos negativos nos recursos naturais e nos ecossistemas das ilhas.

6 - Assumir a Cultura como Grande Riqueza da Região
Porque a cultura é a base da identidade de um povo e de uma região, e porque as nossas ilhas demonstram ser riquíssimas a este respeito, importa apostar decisivamente na cultura açoriana. Apostar no seu ensino, desenvolvimento e democratização, promovendo ativamente os artistas açorianos e a valorização de todo o património cultural das 9 ilhas.

7 - Apostar Forte na Educação e Qualificação
Os Açores continuam a ser uma das regiões do país com maiores problemas nos domínios das qualificações. Uma aposta séria no ensino e formação de qualidade e alinhados com as prioridades regionais assume-se como grande garante do desenvolvimento presente e futuro da região.

8 - Fortalecer o Sistema Regional de Saúde 
Defender a manutenção do Sistema Regional de Saúde com um eixo de atividade nos Cuidados Primários e o recurso, transitório mas definido e transparente, à contratualização privada. Reconhecendo o abandono atual da Saúde Pública nos Açores, consideramos urgente a sua implantação correta e alargada a todo o Arquipélago. Efetuar o apoio ao doente crónico e ao idoso para lhes assegurar uma vida digna. Estas ações devem ser consideradas como responsabilidade primária e fundamental da governação.

9 - Promover a Inovação e o Conhecimento
Assumir a inovação como processo decisivo nos dias que correm, como grande facilitador do desenvolvimento de inúmeros sectores de actividade e como grande sustentáculo de uma economia sustentável. Assegurar o necessário investimento no sistema de Ciência e Tecnologia na Região e na ligação deste ao, seja ele empresarial, cooperativo ou público.

10 - Garantir a Qualidade da Democracia na Região
Multiplicar as possibilidades de participação dos cidadãos na definição dos destinos da sua vila, da sua cidade, da sua região. Conceder uma nova centralidade aos mecanismos de participação direta como os referendos locais, as consultas públicas, os orçamentos participativos ou as assembleias deliberativas. Garantir uma maior transparência nas políticas públicas regionais e nos mecanismos de governação que sustentam as mesmas.

Pedro Alves

PEDRO ALVES
Candidato pelos Açores do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR

Apresentação pessoal
Casado, residente em Angra do Heroísmo. Formado em Psicologia, tenho sobretudo trabalhado como voluntário em projetos de apoio social e educacionais em Portugal e pelo mundo (Egito, Índia, Croácia, Costa Rica, Nicarágua). Estas experiências tem-me permitido desenvolver uma consciência social muito forte das questões que a Humanidade enfrenta. Sou um estudante da Teoria da Utilização Progressiva que defende um uso racional e partilhado de todos os recursos disponíveis ao ser humano. Aplico a psicologia como uma ferramenta de desenvolvimento de prática sociais mais propícias à realização do potencial individual e coletivo da sociedade.

Apresentação da candidatura
Apresento-me como candidato: por não me rever na atual liderança do país: por não me rever na lógica partidária atual; por acreditar que a democracia não se resume apenas ao direito da livre critica, mas sim na participação ativa na criação dos nossos rumos; por acreditar que temos recursos e possibilidades de criar uma sociedade justa e igualitária. O país não está neste estado por um mero acaso ou por descuido. Nós somos alvo de estratégias globais do grande capital já muito conhecidas e utilizadas em países chamados de 3º mundo intervencionados pelo FMI. Para que isto mude, e sejamos novamente os donos do nosso país, devemos criar uma nova revolução. Sem armas, sem sangue. Uma revolução de ideias, de pensamentos e sobretudo de atitudes e ações. A corrupção vence-se com ética e transparência. A pobreza vence-se com uma melhor distribuição de riqueza e uma eficiente gestão de recursos. Esta é a verdadeira revolução, da cidadania e da tomada de poder pelo povo através da colaboração coordenada. Digo não às maiorias absolutas que são ditaduras com prazo de 4 anos. Digo sim à pluralidade e a uma maior representatividade no parlamento de todos os grupos sociais que constituem a Sociedade Portuguesa.

Áreas de intervenção preferenciais
Educação, Arte e Cultura, Igualdade Social, Empreendedorismo Social e fomento da Economia Solidária

Florbela Carmo

FLORBELA CARMO
Candidata pelos Açores do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR

Apresentação pessoal
Nasci em Lamego, no ano de 1971, e apesar de ter crescido numa cidade do interior Norte, numa altura em que a democracia estava a dar os primeiros passos e onde as coisas tardavam a chegar, ou talvez por isso, cedo comecei a interessar-me por política. Vivo nos Açores há 13 anos, onde trabalho como Assistente Administrativa numa sociedade de advogados. Já fui professora numa escola profissional, durante 3 anos, já dei formação a activos, em contexto real de trabalho e pós laboral, já fui consultora para PMEs e em todas estas actividades deparei-me, e continuo a deparar-me, com situações trágicas, que são o reflexo do gradual desinvestimento na saúde, na educação, na justiça e no Estado Social, agravado nos últimos quatro anos.

Apresentação da candidatura
Apresento a minha candidatura no âmbito do LIVRE/Tempo de Avançar porque acredito ser a única força política capaz de impulsionar a economia, sem que seja necessário o Estado desinvestir nos sectores pilares do desenvolvimento – saúde, educação, investigação, justiça. Olhando para estes últimos quatro anos ficamos com a sensação de que Portugal não esteve a ser dirigido por um Governo. Esteve, isso sim, a ser gerido por um Administrador de Insolvência, para quem pouco importa a sobrevivência do devedor; o importante é pagar a dívida e cumprir as exigências dos credores. Já chega de viver num País onde, apenas por uma questão ideológica radical, se massacram os cidadãos com doses massivas de austeridade, culpabilizando-os pela dívida do Estado, quando o que se quer mesmo é salvar o sector financeiro.

É imperativo renegociar a dívida. É tempo de reverter as últimas alterações à lei laboral, que apenas ajudam a promover o trabalho precário. É tempo de parar com a venda a retalho de Portugal. É tempo de reconquistar a confiança no ensino público e no SNS, que foi sendo delapidada nos últimos anos.

Áreas de intervenção preferenciais
Educação; Trabalho, protecção e segurança social; Política Externa, Europa e Defesa

José Azevedo


JOSÉ AZEVEDO
Candidato pelos Açores do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR

Apresentação pessoal
Nasci em 1962, sou casado e pai de dois filhos. Da minha infância em África e da minha família de pescadores e de agricultores ficou-me o gosto pela natureza que me levou a estudar Biologia. Entrei por concurso em 1987 para a Universidade dos Açores, e nela sou hoje professor auxiliar. Neste momento divido o meu tempo profissional entre a docência (aulas e orientações de teses) e a participação em dois grandes projetos internacionais no âmbito da investigação, conservação e gestão da biodiversidade. Até me filiar no LIVRE a minha participação política resumia-se ao voto, sempre à esquerda. Mas uma crescente perceção do agravamento dos problemas sociais e ambientais, nos Açores, no País e no mundo, levou-me a desejar ter um papel mais interventivo.

Apresentação da candidatura
A minha maior preocupação atualmente é de nível global e tem a ver com as alterações climáticas. Acho que nesse plano se revelam todas as forças destrutivas cujo poder sentimos todos os dias nas nossas vidas: o lucro como objetivo, a competição como ética, as cortinas do curto prazo e do individualismo escondendo a devastação humana e ecológica do planeta que partilhamos. É por ver as coisas nesse plano que sinto que temos que nos inspirar à escala global para agir localmente- o que defendemos para a nossa freguesia tem que ser compatível com o que queremos para o nosso país e tem que representar um contributo positivo para inverter os processos que destroem a humanidade e a casa onde ela habita. Mas também temos que agir globalmente: temos que lutar com aqueles que, nos fora internacionais da União Europeia às Nações Unidas, têm uma visão de uma sociedade justa e fraterna, vivendo dentro dos limites ecológicos que são conhecidos mas ignorados.

Áreas de intervenção preferenciais
A minha formação de biólogo, com trabalho de docência e de investigação na área marinha e da caracterização e conservação da biodiversidade, faz com que me sinta mais à vontade nas áreas que têm a ver com a conservação e gestão da natureza, incluindo agricultura e pescas. Tenho também uma perceção da urgência de abordar os assuntos relacionados com as alterações climáticas, as quais têm uma particular incidência em regiões insulares: aqui podem ser testadas medidas mitigatórias a serem aplicadas a grande escala; aqui devem ser feitos planos para a adaptação ao mundo diferente que herdarão os nossos filhos. Por tudo isto, e na minha qualidade de açoriano por adoção terei, finalmente, um particular interesse pelas questões que tenham a ver com a autonomia. É neste âmbito que se pode defender o direito a construir um futuro sustentável.

João Ricardo Vasconcelos


JOÃO RICARDO VASCONCELOS
Candidato pelos Açores do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR

Apresentação pessoal
Sou casado e pai de três (lindos!) filhos. Licenciado e mestre em Ciência Política, trabalho na Agência para a Modernização Administrativa (www.ama.pt), organismo da Presidência do Conselho de Ministros que coordena em Portugal as políticas de Atendimento aos Cidadãos, de Simplificação Administrativa e de Governo Eletrónico. Sempre entendi a política como a materialização de uma cidadania que se quer ativa e interventiva. Como tal, desenvolvo actividade política desde os tempos da faculdade, participando desde então em movimentos tão diversos como a ATTAC Portugal e o Congresso Democrático das Alternativas. Fui membro Bloco de Esquerda, onde desenvolvi trabalho sobretudo na concelhia de Lisboa. Desvinculei-me do Bloco no final de 2014 e abracei o Tempo de Avançar por ter a certeza que vivemos um momento em que os impasses à esquerda têm de ser ultrapassados.

Apresentação da candidatura
Passados 40 anos, a democracia portuguesa continua a sofrer de um desequilíbrio evidente. Por oposição a uma direita que sempre conseguiu entender-se nos momentos chave, a esquerda portuguesa teima em manter fraturas antigas que impossibilitam entendimentos sustentáveis. Temos de virar esta página na democracia portuguesa. Temos de deixar cair o tabu da vontade de governar, ao mesmo tempo que se mantemos a exigência com os principais pilares da esquerda política: educação, saúde e segurança social públicas. LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR assume a quebra deste impasse à esquerda como um das principais prioridades e esta é precisamente uma das dimensões que mais me mobiliza: contribuir para demonstrar que a alternativa existe; tomar em mãos a responsabilidade de desenvolver pontes e tornar possível a aplicação de um programa de um governo de esquerda em Portugal. Para o efeito, do mesmo modo que o LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR está a ser profundamente inovador na construção do seu programa eleitoral e na selecção dos seus candidatos a deputados, importa aprofundar a nossa democracia e inovar no nosso sistema político. Importa garantir que a democracia não se esgota no voto, disseminando mecanismos que garantam um maior envolvimento e participação dos cidadãos na governação do seu país.

Áreas de intervenção preferenciais
Estado Social, Democracia Participativa e Administração Pública Inovadora e Inteligente

Alexandra Ávila Trindade

ALEXANDRA ÁVILA TRINDADE
Candidata pelos Açores do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR

Apresentação pessoal
Nasci em 1975 em Angola de pai picoense e mãe trasmontana. Vivo em Lisboa, sou casada com um filho de alentejanos e tenho dois filhos que crescem rodeados por esta diversidade socio-cultural e geográficas. Licenciada em Português/Inglês (Ensino) pela Universidade dos Açores, e com formação profissional em Gestão e Produção das Artes do Espetáculo pelo Fórum Dança, trabalho desde 2007 em projetos na área do ensino da música improvisada a jovens músicos. Teria sido professora de Português, uma das minhas paixões, mas como não tive colocação o mundo da música passou para primeiro plano na minha vida profissional. Estudei na Escola de Jazz do Hot Clube e de 2003 a 2010 fui cantora profissional. Entre 2003 e 2007 fui colaboradora e assessora da direção da VHProduções. Aqui fiz a produção executiva de mais de 30 concertos e o agenciamento e gestão de carreira de muitos músicos e grupos na área do jazz e da música erudita. Iniciei-me também na concepção de projetos, programação musical e comunicação de eventos. Em 2007 estagiei na FCGulbenkian, no projeto educativo Descobrir a Música na Gulbenkian e no Festival Jazz em Agosto, trabalhando na sua produção e comunicação. Em 2009 fui diretora de produção d’O Espaço do Tempo, sob direção artística do coreógrafo Rui Horta. Aqui fui produtora executiva de mais de 50 residências artísticas e performances, incluindo o Festival PT.09 – Platform for Performing Arts . Entre 2010 e 2013 fui produtora do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa. Sou sócia fundadora da Orelha Viva – Associação Cultural, berço dos projectos Lisbon Jazz Summer School e Big Band Júnior.

Apresentação da candidatura
Na minha família a participação política ativa sempre foi uma realidade com que convivi desde tenra idade. Apesar de desde cedo ter começado a perceber em que é que acreditava e o que defendia e as ideias e ações de que me afastava, sempre senti que devia manter-me independente para poder defender aquilo que me parecia justo, sem influências políticas que me obrigassem a abdicar da minha liberdade de pensamento. Mas agora chegou o momento de passar à participação política ativa porque acredito na candidatura Livre/Tempo de Avançar. Sinto que os seus subscritores partilham uma grande vontade de arregaçar as mangas e trabalhar por um país justo, que abraça as diferenças e que acredita que a educação, a cultura, a saúde e a justiça social são pilares na construção de medidas políticas que signifiquem um real desenvolvimento do nosso país. Defendo e trabalho arduamente por aquilo em que acredito e abraço com grande entusiasmo a criação e a implementação de novos projetos.

Áreas de intervenção preferenciais
As minhas áreas preferenciais de intervenção são a educação e a cultura.

Tiago Franco


TIAGO FRANCO
Candidato pelos Açores do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR

Apresentação pessoal
Nasci em 1977, numa das colinas de Lisboa, no seio de uma família de raízes alentejanas. Dividi a minha infância pela margem Sul e os Açores, mais precisamente pela ilha de Santa Maria. Aos quinze anos voltei para Lisboa para concluir o Ensino Secundário e, mais tarde, licenciar-me no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Sou casado e pai de um miúdo fantástico com 6 anos de idade. Iniciei a minha vida profissional na Volkswagen Autoeuropa e acabou por ser este o meu único empregador em Portugal. Em 2006 emigrei para a Suécia e fixei residência na cidade de Gotemburgo, quartel-general da Volvo, onde trabalho atualmente. Nos últimos três anos fiz parte do movimento associativo na diáspora, como presidente da União dos Portugueses em Gotemburgo, a maior coletividade lusa na Suécia. Dedico grande parte do meu tempo a escrever ou a viajar. Recentemente iniciei um projeto de viagens com amigos de longa data chamado Magellan Route. Pelo sonho é que vamos, é a minha frase de eleição.

Apresentação da candidatura
Acompanho a vida política portuguesa desde que me lembro e, sendo um eleitor de esquerda, sinto-me perfeitamente desiludido quatro décadas depois do fim da ditadura. Desperdiçámos oportunidades. Nós, povo e governantes. Trinta anos depois da entrada na UE, constato que os fundos comunitários reverteram a favor do betão e não em da educação. Vejo fome envergonhada, salários distantes da realidade europeia e mão-de-obra barata a ser acenada a investidores. Depois de emigrar e conhecer uma sociedade onde a corrupção não dita leis, interroguei-me vezes sem conta o quão difícil seria fazermos o mesmo. O aparecimento do Livre é, à escala nacional, a lufada de ar fresco que esperava há anos. Cidadãos anónimos, preocupados, que querem contribuir para a vida política portuguesa. Este era o Tempo de Avançar e não me sentiria bem com a minha consciência se ficasse apenas a assistir.

Áreas de intervenção preferenciais
Se há algo que posso contribuir para o meu país é trazer boas práticas de organização social e prioridades nos investimentos públicos. Vivo integrado numa realidade onde a qualidade de vida é um direito e uma procupação de quem governa. Nesse sentido, gostava de intervir na educação, segurança social e urbanismo.

Jorge Santos

JORGE SANTOS
Candidato pelos Açores do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR

Data de nascimento: 2/23/1943
Naturalidade: Casablanca
Nacionalidade: Portuguesa


Apresentação pessoal
Militante da Comissão de Trabalho do PS em 1975. Neurologista. Delegado sindical eleito da Ordem dos Médico entre 1975 e 1977. Participante no Conselho Médico dos Açores nos últimos 10 anos e Presidente eleito nos dois últimos mandatos.

Apresentação da candidatura
Interessado na concretização de um projecto reformador do socialismo com uma origem participativa aberta a todos os cidadãos, sentiu que este movimento tem na sua constituição aspectos que o façam constituir uma força criativa e agregadora  no âmbito ora confuso da esquerda portuguesa. Embora consciente de que tem um pensamento autónomo e livre, sabe que será, como sempre foi, capaz de participar responsavelmente nas decisões discutidas e deliberadas em grupo.

Áreas de intervenção preferenciais
Política Geral. Política de Saúde.