O programa eleitoral da coligação, apresentado na passada quarta-feira, não é mais que o espelho de uma governação que andou de olhos fechados, sem querer ver o real estado em que país se encontra e que, insistentemente afirma que Portugal está melhor.
Um governo responsável pela maior crise social dos últimos 40 anos, que levou a que mais de 1/5 da população viva abaixo do limiar de pobreza e que empurrou para a emigração mais de 300 mil pessoas, na sua maioria jovens qualificados, vem agora, em forma de onomatopeia irónica, apresentar um programa que diz ser dedicado ao desenvolvimento social. Mas o programa mostra-nos mais do mesmo e páginas cheias de nada. Não se vê uma vontade genuína em tirar o país da miséria, para onde eles próprios o empurraram.
Querem verdadeiramente resolver esta crise social? Não brinquem com as palavras e discutam seriamente o assunto.
Podemos, por exemplo, começar por assegurar, de uma vez por todas e sem qualquer preconceito, um rendimento mínimo, que permita às pessoas viver com dignidade e reduzir as desigualdades. Mas isso só é possível se a riqueza gerada for distribuída com justiça, se forem criadas condições para um combate eficaz à evasão fiscal, de modo a que os impostos sejam justos e equilibrados, para que haja um equilíbrio na repartição dos sacrifícios, em todos os sectores da sociedade.
Um governo responsável pela maior crise social dos últimos 40 anos, que levou a que mais de 1/5 da população viva abaixo do limiar de pobreza e que empurrou para a emigração mais de 300 mil pessoas, na sua maioria jovens qualificados, vem agora, em forma de onomatopeia irónica, apresentar um programa que diz ser dedicado ao desenvolvimento social. Mas o programa mostra-nos mais do mesmo e páginas cheias de nada. Não se vê uma vontade genuína em tirar o país da miséria, para onde eles próprios o empurraram.
Querem verdadeiramente resolver esta crise social? Não brinquem com as palavras e discutam seriamente o assunto.
Podemos, por exemplo, começar por assegurar, de uma vez por todas e sem qualquer preconceito, um rendimento mínimo, que permita às pessoas viver com dignidade e reduzir as desigualdades. Mas isso só é possível se a riqueza gerada for distribuída com justiça, se forem criadas condições para um combate eficaz à evasão fiscal, de modo a que os impostos sejam justos e equilibrados, para que haja um equilíbrio na repartição dos sacrifícios, em todos os sectores da sociedade.
Não é por se repetir mil vezes que Portugal está melhor, que Portugal fica melhor.
Florbela Carmo
Candidata pelo LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR pelos Açores