Assumir-me enquanto cidadã comprometida com um movimento político não é para mim tarefa fácil. Cresci num ambiente naturalmente político, considerando aquele que é para mim o verdadeiro sentido da palavra, a reflexão e discussão dos assuntos públicos.
Desde muito jovens que os meus pais se assumiram como pessoas de pensamento crítico e progressista e sem receio de fazerem ouvir as suas vozes dissidentes e de contrapoder. Mais tarde, cada um na sua profissão e em casa connosco, continuaram a preconizar os seus princípios humanistas, de respeito pelo próximo, pela diferença e de luta contra as injustiças e contra as desigualdades que tiram a tanta gente a possibilidade de sequer sonhar com um futuro melhor.
A minha mãe, que começou a sua carreira de professora como missionária em Angola, fez da profissão a sua missão e escolheu sempre as realidades que aos nossos olhos eram as mais difíceis e aos olhos dela as que lhe davam as maiores alegrias. Ergueu sempre bem alto a sua voz em defesa daqueles que considerava grandes seres humanos e que eram deliberadamente esquecidos por todos e só considerados em época de eleições. Fez sua a luta daqueles que não sabiam ou tinham desistido de lutar. O meu pai ensinou-me a importância da isenção, quando se quer tratar com rigor questões que ao domínio público dizem respeito. Essa sua prática quase exagerada (aos meus olhos) da isenção jornalística e o seu sentido de ética profissional trouxeram-lhe muitas vezes momentos amargos, por trazer à luz da notícia e das reportagens questões sociais motivadas por falta de responsabilidade política que os governantes queriam que se mantivessem na obscuridade. Mas ser rigoroso é isso mesmo, é nunca temer a verdade, por mais que ela incomode quem quer que seja.
Pode parecer demasiado egocêntrica esta nota autobiográfica, mas este artigo constitui para mim uma espécie de catarse. Dando a conhecer as minhas motivações, compreendo melhor as minhas escolhas e deixo ao critério de quem me lê a seriedade da minha opção política. Sempre funcionei melhor ao nível da racionalidade emocional. Razão e emoção têm de caminhar lado a lado. Se assim não for, perde-se a humanidade. E foi este sentido humanista que encontrei na candidatura Livre/Tempo de Avançar. Foi com toda a certeza esta a razão maior que me fez dar este passo e assumir-me como cidadã que se quer envolver politicamente com o seu país. Finalmente um movimento cidadão que sente o pulsar das pessoas e que faz delas o seu motor. Finalmente uma discussão de realidades e de objectivos de ação livres de uma máquina partidária que põe os seus interesses à frente do interesse público.
Estou disposta a comprometer-me, estou disposta a encontrar na minha voz a voz de muitos outros e de a levantar bem alto por todos... até porque quero um país em muitas coisas bem diferente para os meus filhos.
Desde muito jovens que os meus pais se assumiram como pessoas de pensamento crítico e progressista e sem receio de fazerem ouvir as suas vozes dissidentes e de contrapoder. Mais tarde, cada um na sua profissão e em casa connosco, continuaram a preconizar os seus princípios humanistas, de respeito pelo próximo, pela diferença e de luta contra as injustiças e contra as desigualdades que tiram a tanta gente a possibilidade de sequer sonhar com um futuro melhor.
A minha mãe, que começou a sua carreira de professora como missionária em Angola, fez da profissão a sua missão e escolheu sempre as realidades que aos nossos olhos eram as mais difíceis e aos olhos dela as que lhe davam as maiores alegrias. Ergueu sempre bem alto a sua voz em defesa daqueles que considerava grandes seres humanos e que eram deliberadamente esquecidos por todos e só considerados em época de eleições. Fez sua a luta daqueles que não sabiam ou tinham desistido de lutar. O meu pai ensinou-me a importância da isenção, quando se quer tratar com rigor questões que ao domínio público dizem respeito. Essa sua prática quase exagerada (aos meus olhos) da isenção jornalística e o seu sentido de ética profissional trouxeram-lhe muitas vezes momentos amargos, por trazer à luz da notícia e das reportagens questões sociais motivadas por falta de responsabilidade política que os governantes queriam que se mantivessem na obscuridade. Mas ser rigoroso é isso mesmo, é nunca temer a verdade, por mais que ela incomode quem quer que seja.
Pode parecer demasiado egocêntrica esta nota autobiográfica, mas este artigo constitui para mim uma espécie de catarse. Dando a conhecer as minhas motivações, compreendo melhor as minhas escolhas e deixo ao critério de quem me lê a seriedade da minha opção política. Sempre funcionei melhor ao nível da racionalidade emocional. Razão e emoção têm de caminhar lado a lado. Se assim não for, perde-se a humanidade. E foi este sentido humanista que encontrei na candidatura Livre/Tempo de Avançar. Foi com toda a certeza esta a razão maior que me fez dar este passo e assumir-me como cidadã que se quer envolver politicamente com o seu país. Finalmente um movimento cidadão que sente o pulsar das pessoas e que faz delas o seu motor. Finalmente uma discussão de realidades e de objectivos de ação livres de uma máquina partidária que põe os seus interesses à frente do interesse público.
Estou disposta a comprometer-me, estou disposta a encontrar na minha voz a voz de muitos outros e de a levantar bem alto por todos... até porque quero um país em muitas coisas bem diferente para os meus filhos.
Alexandra Ávila Trindade
Candidata do LIVRE/TEMPO DE AVANÇAR pelos Açores